No dia 6 de junho, a BBC publicou entrevista com a psicóloga Elke Van Hoof, professora de Psicologia da Saúde na Universidade de Vrije, em Bruxelas, e especialista em estresse e trauma. O veículo conversou com ela um ano atrás, quando Elke afirmou que o mundo “viveria o maior experimento psicológico da História” em razão do confinamento imposto pela pandemia de covid-19. Hoje ela percebe que os seres humanos têm “muito mais capacidade de resiliência do que imaginávamos. Portanto, o que vemos na população em geral é que permanecemos firmes”.

Contudo, a exaustão surge como um mal que se reflete em sentimentos relacionados ao estresse, à depressão e à ansiedade, sobretudo entre os profissionais de saúde, os quais “estão realmente pagando o preço de estar na linha de frente há mais de um ano. Mas não só porque estão lá, mas também porque não se sentem mais amparados pela população em geral, que tem dificuldade em manter as medidas, que podem ser bastante restritivas”, argumenta Elke, para quem a falta ao trabalho será uma resposta tardia ao momento que vivemos.

Antecipar o problema para contorná-lo com mais eficiência é uma estratégia que as empresas devem adotar. “Agora é a hora de investir em uma política de retorno ao trabalho muito boa, a fim de estar preparado para aquela ausência prolongada que aparecerá em todos os lugares”, afirma ela, embora note que alguns países ainda encaram “a saúde mental como um luxo”. Van Hoof sugere, por fim, que cuidar tanto de si quanto de pessoas ao redor auxilia na manutenção de uma boa saúde mental. “Não cuide apenas de si, mas invista no cuidado das outras pessoas porque isso também nos ajuda. Isso dará nossos níveis de bem-estar de uma forma muito mais sustentável”, conclui. Para ler a entrevista na íntegra, acesse AQUI.