Em artigo publicado em seu blog, o médico e psiquiatra Jairo Bauer divulgou os resultados de uma pesquisa realizada por estudiosos da Universidade de Rochester (EUA) e publicada na revista Emoticon, segundo a qual os adolescentes que encontram formas de expressar as emoções negativas estão menos sujeitos aos efeitos da depressão do que os outros que não conseguem fazer o mesmo. O estudo identificou essa habilidade de distinguir as emoções negativas e nomeá-las como “diferenciação emocional”.
A pesquisa foi realizada com a participação de 233 adolescentes na faixa média de 16 anos de idade, que foram acompanhados durante o período de um ano e meio. Os jovens que demonstraram menor nível de diferenciação emocional usaram termos genéricos para descrever seu estado, como “estou mal”, enquanto os que possuem essa habilidade mais refinada usaram palavras como “raiva”, “frustração” ou “vergonha”. O objetivo é compreender com maior precisão cada reação e, assim, tentar criar estratégias para enfrentar a depressão.