Um relatório da comissária da Irlanda do Norte para crianças e jovens, Koulla Yiasouma, apontou que 52% dos jovens de 16 anos do país sentiram que sua saúde mental e emocional piorou durante a pandemia. Intitulado “A new and better normal” (“Um novo e melhor normal”, em tradução informal), o relatório destacou que diversas desigualdades existentes aumentaram durante a quarentena e que a suspensão de serviços de assistência aos primeiros anos de vida gera um risco de problemas emocionais ou comportamentais em crianças.

Segundo Koulla, “as reduções nas consultas, além das restrições no acesso a outros serviços para a primeira infância, retiraram um importante sistema de apoio para os pais, particularmente mães de primeira viagem e aquelas de grupos menos favorecidos”. O relatório constatou ainda que os jovens “se sentiram negativamente estereotipados e acusados de espalhar o vírus”, pois muitas notícias sugeriam que eles não estavam cumprindo a quarentena, o que não é de todo verdade.

Se, antes da pandemia, a ansiedade e a depressão já eram transtornos comuns entre crianças e jovens na Irlanda do Norte, a crise sanitária agravou a situação. No Brasil, por sua vez, soma-se o fato de que muitos estudantes sofrem com a falta de acesso à internet ou a dispositivos digitais, piorando o quadro educacional. Além disso, aumentou o percentual de jovens estudantes que procuram emprego em decorrência do empobrecimento gerado pela pandemia. Segundo o estudo Perda de aprendizagem na pandemia, jovens que perderam conteúdo escolar entre 2020 e 2021 podem ter uma perda futura que pode ultrapassar R$ 700 bilhões. Se nenhuma intervenção for realizada, a perda pode chegar a R$ 1,5 trilhão.

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