Reportagem publicada em 13 de setembro de 2019 no site Viva Bem do portal UOL e assinada por Gabriela Ingrid apontou os resultados de um relatório apresentado em 2017 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a depressão, constatando que será a doença mais comum a partir de 2030. Os números indicaram que mais de 320 milhões de pessoas sofrem com o problema no mundo, sendo 11,5 milhões no Brasil. No entanto, a matéria questiona que tipo de conclusão se pode tirar dessa pesquisa: se o diagnóstico se tornou mais frequente, até que ponto ele pode ser resultado de uma confusão entre depressão de fato ou sentimento de tristeza? O transtorno é mesmo um problema que se multiplica ou foi a forma de diagnosticar que se aprimorou?

A reportagem cita o médico psiquiatra e pesquisador do Programa de Transtornos do Humor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Fernando Fernandes. Ele lembra que a depressão foi descrita desde a antiga Grécia, embora com outro nome: “O estado melancólico descrito é muito semelhante ao quadro atual de depressão.” Outra informação contida na matéria de Gabriela Ingrid diz respeito à dificuldade que muitas pessoas enfrentam para assumir o problema e buscar ajuda psiquiátrica. Ela menciona uma pesquisa do Ibope realizada em agosto de 2019, segundo a qual 53% das pessoas entre 18 e 24 anos não acredita ou ignora a eficácia da maioria dos antidepressivos.

(Publicado em https://www.uol.com.br/vivabem/reportagens-especiais/depressao-realmente-e-o-mal-de-seculo-especialistas-buscam-responder-essa-questao/index.htm)