No Oscar 2020, o longa “Parasita”, dirigido por Bong Joon Ho, foi o grande vencedor, marcando a história da cerimônia como o primeiro filme de língua não inglesa a vencer o prêmio de Melhor Filme, o principal da noite. Mas, para além das láureas recebidas tanto do público quanto da imprensa e da crítica especializada, o que faz de “Parasita” uma obra importante para o nosso tempo, caracterizado pela concentração de renda, precarização do trabalho, violência urbana e catástrofes naturais?

Provavelmente, é a capacidade que o longa tem de articular tais aspectos em situações cômico-trágicas, as quais fazem com que o espectador tenha tantos motivos para rir quantos tem para refletir e ficar boquiaberto com o absurdo das relações sociais contemporâneas. E é sobre tais relações e cinematografia que o psicanalista Christian Dunker, autor da coleção Cinema e Psicanálise junto com Ana Lucília Rodrigues, fala em vídeo publicado no dia 10 de fevereiro em seu canal no Youtube. Entre outras observações, Dunker aborda a maneira como o filme insere na narrativa restos de gozo que indiciam o mal-estar ali presente. Para assistir ao vídeo na íntegra, acesse https://www.youtube.com/watch?v=k_PkjHX1SAM.