No dia 23 de maio, o Estadão publicou reportagem especial abordando os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre os hábitos da população e sua saúde mental. O isolamento social fez com que muitos brasileiros aumentassem o consumo de açúcar e alimentos processados devido à dificuldade em se obter mantimentos frescos. A dificuldade em se fazer atividade física também vem prejudicando a saúde.

No que concerne à saúde mental, a reportagem entrevistou a psicóloga Dorli Kamkhagi, que coordena no Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), grupo de atendimento psicológico gratuito para idosos durante a pandemia. Para esse grupo de risco, os sentimentos predominantes têm sido como conduzir o dia a dia em isolamento dentro de casa, medo de ir parar no hospital, receio de dar trabalho para os filhos e preocupações com a solidão.

A startup de terapia on line Vittude viu o número de pacientes saltar de 22 mil para 110 mil entre fevereiro e abril. Mesmo que a pandemia atravesse as sessões de alguma forma, a psicanalista Fernanda de Sousa e Castro Noya Pinto afirma na matéria: “Os sujeitos continuam singulares, complexos e lidando com as situações da maneira que lhes é própria e a partir de suas ferramentas subjetivas.”

Mario Eduardo Pereira, psiquiatra e psicanalista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por sua vez, constata que o cenário atual pode trazer à tona questões profundas de cada um: “Nós vivemos mergulhados na vida prática, como se o mundo tivesse uma engrenagem lógica. A pandemia mostra que isso é frágil, que não temos esse controle, e deixa à flor da pele grandes questões individuais, como insegurança e necessidade de amor.”

Neste mês, a ONU emitiu um alerta dizendo que a situação pode desencadear uma grande crise de problemas psicológicos, como ansiedade e depressão. Por isso, deve-se estar atento aos sintomas e aos sentimentos a fim de contorná-los de forma saudável e responsável.

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