No dia 8 de outubro de 2021, o jornal Folha de São Paulo publicou entrevista com Carla Rodrigues, professora de filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Maria Helena Pereira Franco, professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Autoras de livros sobre o luto, ambas discutiram como a perda de mais de 600 mil brasileiros para a Covid-19 vem sendo vivenciada pela população.

Estudiosa da obra de Judith Butler, Rodrigues afirma que, antes da pandemia, as populações negra e carcerária, por exemplo, já sofriam com o descaso do governo, ficando mais vulneráveis à morte pelo vírus em comparação com outras camadas da sociedade. Para Franco, por sua vez, “a pandemia requer mais do profissional [de saúde mental] porque as pessoas têm apresentado um sofrimento muito grande. Não dá para a gente lidar da mesma maneira porque as demandas são mais intensas”. A suspensão de velórios e enterros, experiências que organizam o sentimento de perda, dificulta a elaboração do luto, segundo ela.

Rodrigues constata, ainda, que o luto ultrapassa o ambiente familiar e, portanto, a comunidade deve reconhecer os falecidos, valorizando a memória e a vida dessas pessoas — e esse, conclui, é o desafio para a sociedade brasileira. Leia a matéria na íntegra clicando AQUI.