A pandemia de Covid-19 agravou os problemas de saúde mental na população brasileira e, consequentemente, a procura por psicólogos que atendessem online. Desde o início da pandemia, a plataforma e-Psi — na qual, como exige o Conselho Federal de Psicologia (CFP), psicólogos devem se registrar para atender virtualmente — viu seus cadastros aumentarem em 447%, mostrou matéria do jornal Folha de São Paulo. Dos 408.789 profissionais cadastrados no CFP, 168 mil estão habilitados a fazer o atendimento online.

Para alguns, o atendimento remoto já era uma realidade antes da pandemia. A historiadora Fabiana Léo, 37, teve sessões online com um profissional quando este estava morando no exterior e retomou o recurso com o advento da pandemia. “Gostei da praticidade. Tiro 5 minutinhos para entrar na sessão, e depois 5 minutos para sair, continuar com meu cotidiano”, diz. Maycoln Teodoro, diretor da Sociedade Brasileira de Psicologia e professor da UFMG, afirma que, embora os atendimentos virtuais possam continuar no pós-pandemia, eles possuem desvantagens. “O psicólogo perde dicas corporais, muitas vezes está olhando para a pessoa e, como a câmera está em outra posição, parece estar olhando para outro lugar.”

Nos últimos meses, vêm sendo desenvolvidas e publicadas pesquisas sobre a efetividade da terapia online. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade McMaster, do Canadá, por exemplo, indicou que a sessão online é tão efetiva quanto um encontro presencial em casos de depressão, na terapia cognitivo-comportamental (TCC). Entretanto, nem todos conseguiram manter a privacidade para as sessões ou preferem tal modalidade de atendimento. A dentista Raíssa Toscano pretende retomar as sessões presenciais quando possível. “Você tem uma sensação de acolhimento, e isso dentro desse processo terapêutico é muito importante. Há a construção de um elo mais próximo com o terapeuta”, diz ela. Para ler a matéria na íntegra, clique AQUI.