O Jornal da USP no Ar vem apresentando, durante o mês de agosto, uma série de matérias e entrevistas sobre segurança pública. No dia 12 de agosto, a convidada foi Fernanda Novaes Cruz, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e do Grupo de Estudos de Pesquisa em Suicídio e Prevenção (Gepesp). Cruz estuda como a saúde mental dos policiais é afetada pela violência praticada e sofrida durante o trabalho. “Foi muito difícil fazer essa pesquisa, porque as instituições não acreditavam que existia esse problema [de saúde mental] internamente”, afirmou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o problema do suicídio como endêmico quando a taxa está acima de dez casos por 100 mil habitantes. No caso da Polícia Civil do Estado de São Paulo, a taxa é de 30,3 casos por 100 mil habitantes, e no da Polícia Militar, 21,7. Os dados correspondem aos anos de 2017 e 2018, e foram recolhidos pela Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo em parceria com o Conselho Regional de Psicologia (CRP-SP).

Segundo Cruz e sua colega de pesquisa Dayse Miranda, o suicídio é motivado pela prática de homicídios durante o trabalho, o medo, o permanente estado de alerta e o ambiente tóxico entre colegas da corporação, além de a proximidade com a arma de fogo ser um outro fator que facilita a consumação do suicídio. Leia a matéria completa e ouça a entrevista da pesquisadora clicando AQUI.