A voz no divã

Jean-Michel Vives

Sinopse

Tratando de defender sua tese segundo a qual a voz é o objeto primordial do sujeito, Jean-Michel Vives aponta a necessidade, para a formação do sujeito, da voz do Outro, mas passa, logo a seguir, a destacar a importância de que o sujeito forme um ponto surdo que o capacitará a se fechar a essa voz sem limites e, desde então, fazer-se voz.

Com a música sacra, Vives demonstra, usando a figura dos castrati, o quanto uma voz pode ser signo do fora-do-sexo, daquilo que alcança o além da imposição da lei. E o quanto isso, para o ouvinte, pode ser extremamente prazeroso.

Em um segundo momento, passa à análise da ópera, destrinchando várias obras e o papel que a diva ocupa em cada uma delas. O que há de tão encantador nessa voz que alcança notas sublimes? Ao mesmo tempo, por que a falha da diva é tão odiosa para os ouvintes? Nesse ponto, analisa também o grito das sereias, retomando o grito enquanto sedutor e mortífero.

Ao tratar da música eletrônica, por sua vez, o autor constrói a teoria na qual o DJ ocupa o lugar do pai da horda mas, dessa vez, disposto a compartilhar algo de seu gozo. É nisso que se baseia a rave: na possibilidade do gozo compartilhado, no qual a lei é suspensa.

Jean-Michel Vives dedica a última parte do livro à importância da voz como principal vetor de trabalho do psicanalista, enfatiza o caráter único e indizível do timbre de voz de cada sujeito e como esse pode apropriar-se dele pelo processo analítico.

descrição técnica

ISBN: 978-85-94347-35-0
Formato: Brochura – 16×23 cm
Peso: 382g
Páginas: 240
Idioma: Português
Editora: Aller Editora/ 106 Editora
Edição: 1ª/2020
Gênero: psicanálise, música sacra, ópera, música eletrônica

Leia o primeiro capítulo

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