Matéria publicada em agosto no site Universa do portal UOL, assinada pela jornalista Nathália Geraldo, faz um interessante registro sobre a preferência de algumas mulheres negras em fazer terapia com psicólogos e psicólogas negras. Segundo o texto, isso acontece porque essas pacientes sentem maior identificação com o que a reportagem denomina “afroterapeutas”, principalmente ao levar para o divã situações de racismo ou outras dificuldades relacionadas com questões de gênero e cor.
O texto cita exemplos como o de uma rapper, confundida com uma funcionária da limpeza em um estabelecimento por ser negra, e de uma consultora de marketing que viveu situações de racismo no ambiente de trabalho. Em comum, o reconhecimento de que uma pessoa que vive os mesmos problemas tende a compreender melhor os conflitos e os dramas pelos quais passam. A reportagem ainda cita um estudo publicado ano passado sobre o índice de suicídios entre jovens negros no Brasil. Produzido em parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade de Brasília, indicou que adolescentes e jovens negras apresentavam um risco de suicídio 20% maior que as brancas em 2016.