Sabe-se que a formação do psicanalista pode se dar desde diferentes abordagens teóricas e nuances técnicas, mas todas elas concordam que é fundamental o processo de análise pessoal, a formação teórica e a supervisão clínica. Soma-se a esse tão conhecido tripé a postura ética necessária para escutar a singularidade do sujeito que procura o atendimento psicanalítico. A ética da psicanálise se estende ainda aos diversos âmbitos do cotidiano.

Daí o motivo de os profissionais da psicanálise se manterem atentos à formação e à prática, bem como às implicações da votação, pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, do PLS 101/2018, cujo objetivo é regulamentar a prática da psicanálise. Esse projeto visa legislar sobre o que é a psicanálise e o quem é psicanalista, negligenciando o processo de formação intrínseco e próprio a cada psicanalista. A votação marcada para o fim de outubro não ocorreu, pois foi pedido reexame da proposta, mas a atenção deve ser contínua.