No dia 6 de março, o portal TAB do Uol publicou a matéria “Solidão já é tratada como epidemia no mundo e impacta até na política”, na qual a jornalista Juliana Sayuri faz um balanço sobre os dados oficiais a respeito da solidão no mundo e seus impactos psicológicos, sociais e políticos. No Japão, por exemplo, estima-se que 541 mil pessoas vivam inteiramente isoladas e que, até 2040, 50% da população do país viverá solteira e sozinha.

A reportagem entrevistou a historiadora britânica Fay Bound Alberti, que afirmou que a palavra “solidão” surgiu por volta de 1800 e está atrelada à industrialização, urbanização e secularismo, fatos que mudaram a maneira como se interpreta os indivíduos e sua relação com a sociedade. Para ela, ainda, “a solidão é política. Reflete uma série de atitudes entre indivíduos, sociedades e Estados.”

No Reino Unido – lugar em que 9 milhões de pessoas são solitárias -, em fins de 2018, o governo criou o Ministério da Solidão com o intuito de encorajar interações sociais e minimizar o estigma de se sentir abandonado.

No entanto, a solidão é um fenômeno que excede o fato de simplesmente estar sozinho; ela tem a ver com o sentimento de isolamento e desconexão social. De acordo com as pesquisas citadas na matéria, jovens e idosos são os mais afetados pelo desamparo e pela sensação de que são seres descartáveis, o que gera incomunicabilidade social e encolhimento dos espaços de encontro democrático. Na brecha do isolamento, o discurso salvador tem se infiltrado para angariar apoiadores, segundo Christian Dunker, que entende a solidariedade como algo diferente da “simpatia samaritana”, mas como algo que deve agir na realidade para ter valência política.

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