No dia 4 de fevereiro, o jornal Público, de Portugal, publicou entrevista com o médico psiquiatra português Vítor Cotovio, membro do Conselho Nacional de Saúde Mental e diretor clínico do hospital psiquiátrico Casa de Saúde do Telhal. Na entrevista, ele afirma que uma crise de saúde mental está instalada e que psicólogos devem ser contratados para os centros de saúde, a fim de se evitar o risco de uma sociedade medicalizada. “A pandemia está a pôr em risco as necessidades fisiológicas, a segurança, as necessidades sociais, do ego e de reconhecimento dos outros, e a autorrealização, sobretudo dos jovens, que não sabem se vão ter emprego”, diz o psiquiatra. Nesse contexto, inserir o cuidado da saúde mental da população nas políticas públicas deve ser uma prioridade, pois, se as pessoas estiverem doentes, elas não vão conseguir trabalhar, e, assim, o país (Portugal) não conseguirá sair tão cedo da crise atual.

Cotovio argumenta que países que contam com ampla rede de apoio governamental contribuem para a melhoria ou, ao menos, o não agravamento da saúde mental da população. Além disso, as estatísticas de mortes, para que não dessensibilizem a sociedade, “têm de ter rosto, porque o ser humano precisa de narrativa e de contar histórias a si próprio para dar sentido à sua vida e para dar sentido aos acontecimentos. Se nos baseamos na divulgação sistemática de estatísticas, os números ficam frios e crus, não têm rosto, são vulgarizados”. Para ler a entrevista completa de Cotovio, clique AQUI.

Vale destacar que, recentemente, o boletim PSI destacou a iniciativa do Conselho Regional de Psicologia do Mato Grosso do Sul (CRP-MS) de auxiliar a Câmara Municipal de Campo Grande na construção de uma política municipal de saúde mental.  Leia a matéria AQUI.