Um dos traços mais característicos de toda escola de psicanálise é a publicação de textos produzidos pelos seus membros. Por isso, a fim de conhecer melhor a produção psicanalítica de outros países latino-americanos, o P.S.I. sugere três revistas que lançaram novos números no mês de março.

A primeira sugestão é a revista Glifos da Nueva Escuela Lacaniana del Campo Freudiano, sediada na Cidade do México. A entrevista, as conferências e intervenções, as resenhas e os artigos se organizam em torno do tema “Escrituras del deseo de Escuela” (“Escritas do desejo de Escola”, em tradução livre). Segundo Ángel Sanabria, um dos editores da publicação, o objetivo do novo número é “interrogar a relação entre formação e o enodamento escrita/publicação no marco de uma Escola de psicanálise. […] [São] Escritas que, no conjunto, dão conta da vida da nossa Escola, de sua interlocução com os sintomas da época e, ademais, dos efeitos da formação e da transmissão que surgem ali”. Acesse a edição completa pelo endereço http://www.nel-mexico.org/index.php?sec=GLIFOS&file=GLIFOS.html.

Outra revista que publicou um novo número em março foi a venezuelana T(r)ópicos, pertencente à Sociedad Psicoanalítica de Caracas. O tema da vez é “Psicoanálisis y la subjetividad en la postmodernidad”. Claudia Álvarez de Lugo, diretora da revista, afirma que os textos atravessam “direitos humanos, Venezuela, caudilhismo, realidade, fantasia, realidade virtual, corpo, tato, experiência, cultura, ideologias unívocas e circulares, relações de poder, incerteza, limite, morte, mobilidade ideológica e de pensamento, voz da mulher, reflexão, sexualidade, espelho, tecnologia, uso de dados, verdades, verdade inconsciente, identidade, psicanálise: seu trabalho e sua formação, bidirecionalidade, reciprocidade, transformações”. Para ler o número na íntegra, acesse https://issuu.com/spdecaracasdifusionymedios/docs/tropicos_2020_final_portada__2_.

Nossa última recomendação de leitura é La Época, publicação da Asociación Psicoanalítica Argentina (APA), que desta vez se debruçou sobre os efeitos sociais e psíquicos da pandemia do covid-19. Segundo Mirta Goldstein, diretora da revista, a decisão de fazer um número dedicado ao tema apareceu “pois os fantasmas e a angústia levam às reações mais diversas: muitos agem de forma onipotente, seja negando o que ocorre, seja transgredindo normas sanitárias; outros, de forma prepotente, porque no fundo imaginam que há um culpado – fazem do vírus uma imagem à semelhança do homem”. Acesse os textos pelo link https://laepoca.apa.org.ar/.