No dia 17 de julho, o jogador uruguaio Williams Martinez, 38, foi encontrado morto em seu apartamento após cometer suicídio, o que reacendeu o debate sobre saúde mental no futebol, como mostrou matéria publicada na Veja no dia 24 de julho. Segundo Bruno Vieira, psicólogo especializado em esporte, além da falta de apoio desde a base, muitos atletas sofrem com a pressão de ser o sustento financeiro da família.

A dificuldade em lidar com a fase derradeira da carreira também é um fator que pode desencadear problemas psíquicos, disse a assistente social do futebol, Silvana Trevisan. Thabata Telles, doutora em psicologia e presidente da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte (Abraspe), afirma, por sua vez, que “o esporte de alto rendimento não é saudável” e que, “para a mulher esportista, até engravidar pode ser prejudicial”.

Instituições esportivas, contudo, ainda camuflam as altas taxas de problemas mentais entre os jogadores. No Brasil, o ex-atacante Nilmar sofreu com a depressão, sobretudo no fim de sua carreira, bem como Pedrinho, ex-atleta do Palmeiras e do Vasco. A cobrança excessiva, a torcida e a imprensa, por se esquecerem de que os atletas são pessoas, contribuem para o quadro depressivo desses profissionais, constata Trevisan, que conclui: “Enquanto todos que atuam e amam o esporte não assumirem sua responsabilidade ética e social com o ser humano que veste uma camisa de time, discutir a depressão e o suicídio no esporte será algo que acontecerá apenas em momentos de tragédia.” Leia a matéria na íntegra AQUI.