No dia 10 de novembro, o site VivaBem, do portal UOL, publicou a matéria “Como elaborar o luto após um aborto espontâneo ou a perda de um bebê?” Segundo Monica Venâncio, psicóloga do Hospital Universitário da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e responsável pelo ambulatório do luto da instituição, “o bebê existe nos sonhos e nos planejamentos da vida. Ao longo da gestação, é comum que ele passe a existir no discurso dos pais, sendo nomeado, por exemplo. Ele já existe no imaginário e no simbólico dos pais”. E é essa existência que valida o luto diante da perda de um bebê.

Milena Andréa Stevanatto Carnielli, 38, por exemplo, sofreu aborto espontâneo. “Meu processo de luto foi feito com ajuda da família e muito ao lado do meu marido. Aos poucos, fomos superando essa perda.” Hoje ela tem dois filhos, um de 3 anos e outro de 6 meses.

Como o processo de luto varia de pessoa para pessoa, é necessário entender que ele envolve fatores inconscientes, segundo Venâncio. Por isso, a tristeza, a raiva e outras sensações devem ser acolhidas. Uma forma de vivenciar o luto é criar rituais, como um velório para o bebê, a escrita de uma carta para ele ou a participação em grupos de pessoas que passaram pela mesma situação.

Sobre a decisão de engravidar ou não após o luto, Tania Alves, psiquiatra e coordenadora do Ambulatório de Luto do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), afirma que, “se ele [o casal] não tentar, está abrindo mão de uma nova possibilidade de constituir a família. Se ele tentar, pode correr o risco de passar pelo mesmo de novo. Mas a vida é assim, ela é arriscada. Faz parte”, conclui. Leia a matéria na íntegra clicando AQUI.